
"Loucos e Santos
Oscar Wilde


Sou leitora assídua da Coluna do Zé Arnaldo ( http://www.zearnaldo.com ) que sempre me põe a par do que se está a fazer em Bicas. Na edição nº 257, publicada no dia 30 de Setembro, encontrei um detalhe interessantíssimo que gostaria de partilhar aqui. 






Há momentos na vida de um jornalista que valem por todas as desgraças com que lidamos no dia-a-dia. Há momentos na vida de uma brasileira há quase 20 anos longe do seu país que valem tanto que não há nem com o que comparar.
Trabalhando que nem uma louca hoje tirei umas duas horitas prá ficar de bobeira. Sem nada de concreto prá falar, escrever ou ler. E como há muito tempo não tenho escrito nada nos meus blogs vou actualizá-los.







10/07/2006




Eh, pá, fui à praia... Quer dizer, não foi bem ir à praia, considerando que fiquei apenas meia hora. A Fuzeta estava óptima neste Domingo. Apesar da minha brancura poder ter assustado alguns mais desavisados, e a água com uma temperatura semi-polar, 'curtí à brava' . Muitas pessoas deram uma escapadinha ao litoral para curtir o primeiro fim-de-semana ensolarado do ano, já que a Semana Santa foi de muita chuva, vento e trovoada. Ontem e hoje, pela manhã, as filas para os barcos em Olhão, eram imensas e nem havia lugar para estacionar na Baixa da cidade. As ilhas constituiram um dos maiores atractivo deste fim-de-semana prolongado, já que o Cerro de São Miguel, continua a ser o local predilecto de romaria no 1º de Maio. Hoje, também os Maios (os bonecos feitos artesanalmente e colocados à porta de casa, que retratam os aspectos da vida quotidiana, e quase sempre acompanhados de versos com crítica social e politica), são atracção e tradiçao nos concelhos de Faro e Olhão.
E São Pedro ajudou. O dia está lindíssimo, quase tropical. É pena que estou aqui, na rádio, a trabalhar. Sacumé, jornalista não tem descanso, mas o céu azul que vislumbro da janela, quase que renova o espírito.
E lá vai outra vez: 'Tá bão dimais, sô...'
Fotos: Fuzeta (Olhão)
esquerda: Ria Formosa
Direita superior : Praia da costa(Fuzeta - Ilha da Armona)
Direita inferior: Boas vindas à Fuzeta, a "Branca noiva do Mar"
E não se pode falar da Fuzeta, sem mencionar os Iris, grupo de Domingos Caetano, fuzetense convicto: www.iris.pt






Tratado de Kioto
Mais um ano recheado de catástrofes por todo o mundo. O Homem torna-se assim, assassino de si mesmo. Muitos dos acontecimentos trágicos deste ano que passou, teve o dedinho do Homem. O futuro está a ser traçado por profundas transformações.
Há mais de duzentos anos, quando a Revolução Industrial marcava o início de uma nova era, ainda não havia uma consciência ambiental. Não havia necessidade, já que os recursos naturais eram abundantes. Mas, as indústrias foram crescendo, a população foi aumentando, e a tecnologia tornou-se tão desenvolvida, que cada inovação torna-se obsoleta em pouco tempo. A natureza, em especial, a atmosfera está a degradar-se devido a esses avanços e exploração abusiva. A emissão de gases tóxicos é uma realidade, e a falta de preocupação com a natureza e seus recursos chega a assustar. Como será possível viver neste planeta daqui a 3 gerações, por exemplo? Esta despreocupação com os recursos naturais tem acarretado uma série de fenómenos provocados pelo chamado "aquecimento global".
E devido a globalização, temos conhecimento desta realidade. É só ver as noticias: Frio mata no norte da Europa, há falta dagua em Portugal e Espanha, calor matou centenas de pessoas no último verão, há cheias em Moçambique, fogo na Califórnia e em Sidney, na Austrália. Furacões assolaram o Atlantico e atingiram o poderoso chefão. Desde ontem que Portugal está a ser abalado por sismos de magnitude 5 na Escala de Richter.
Nos últimos anos, as Organizações não governamentais de preservação ambiental e a comunidade cientifica têm tentado alertar o mundo, que já está consciente de que os bens que a natureza oferece à humanidade, são escassos e não se renovam facilmente. O desenvolvimento sustentável que tanto se fala hoje em dia, é uma necessidade para que o mundo não entre em colapso.
O dióxido de carbono (CO2) em excesso na atmosfera é responsável por muitos males, incluindo o "Efeito Estufa", que acumula partículas desse gás no ar, impedindo que as radiações de calor da terra possam ir para o espaço, criando, assim, o aquecimento global (ver gráfico à esquerda). Cerca de 70% de CO2 na atmosfera provem das emissões dos países industrializados. A isso, juntam-se os desmatamentos, os milhares de hectares de florestas destruídos pelo fogo, um pouco por todo o mundo, e aí está o big problema actual.
Em 1997, uma conferência na cidade japonesa de Kioto, reuniu representantes de diversos países. O tema da conferência era justamente a questão do aquecimento global, provocado pelos tais gases, e foi discutido como diminuir ou parar este efeito. O Tratado de Kioto foi o resultado desta conferência. Este Tratado é um documento onde os países participantes se responsabilizariam em diminuir a poluição causada por seu desenvolvimento, especialmente o industrial. Mas era necessária a adesão de 55% dos países para que o tratado desse certo. Algumas instituições e governos já tomaram a iniciativa e estão desenvolvendo, com sucesso, projetos de seqüestro de carbono. Não apenas com o objetivo de preservação ambiental, mas também como uma poderosa fonte de renda, e cá p’ra mim se não fosse a tal fonte de renda…
Este sequestro de carbono, não é nada mais nada menos, que muito carbono a ser absorvido por florestas, como a da Amazónia, através do processo de fotossíntese. Mas o carbono emitido pela população mundial não consegue ser absorvido pelo pouco verde existente no planeta.
Na opinião de muitos cientistas, o problema não está na emissão dos gases em si, mas na sua quantidade excessiva que a natureza não consegue absorver através da fotossíntese, processo no qual as plantas captam dióxido de carbono e liberam oxigênio. O que fica de CO2 excedente na atmosfera contribui para o efeito estufa.
Mas será possível que alguns governantes cabeças-duras não vêem que se assim continuar não vai haver nada para governar daqui a uns anos? As catástrofes, resultantes do efeito estufa vão continuar um pouco por todo o mundo. Nos EUA, até resolveram mudar os nomes femininos dos furacões para as letras do alfabeto grego. Mas se nada for feito, se o Tratado de Kioto (ou Kyoto, em alguns países) não sensibilizar mais governantes, qualquer dia, não vai haver alfabeto que chegue.
E nós ? Onde ficamos nós?
Fonte: Marcos Carneiro
Jornal O Girassol em http://www.ogirassol.com.br/aprender51/
Mais informações sobre o Tratado de Kioto:
Ministério da Ciência e Tecnologia BR - http://agenciact.mct.gov.br/index.php?action=/content/view&cod_objeto=17978
WWF - http://www.wwf.org.br/participe/minikioto_listapaises.htm
6 perguntas sobre o Tratado (em espanhol) - http://www.20minutos.es/noticia/5208/0/kioto/protocolo/emision/
Efeito Estufa - http://www.geocities.com/Augusta/7135/
Mudanças Climáticas - http://www.comciencia.br/reportagens/clima/clima11.htm
Imagens: www.escolavesper.com.br
www.radiobras.gov.br/

