Hoje a tristeza tomou conta de mim. Estou a ficar como um queijo suíço cheio de vazios.
Hoje, dia 4 de Dezembro, mais uma pessoa que muito amei, partiu para outro plano. Sim, já estava à espera, mas parece que quando o facto foi consumado, um vazio, um sentimento estranho foi se entranhando cá por dentro, sem que eu pudesse definir se é tristeza, saudade ou outra coisa qualquer.
Bateu então um aperto no peito e uma grande vontade de escrever sobre a tia Eunice, uma pessoa que viveu para ajudar e, que mesmo sem querer, ela ajudava. Quando morávamos no Grajaú, era ela que durante muitas noites, abria a porta quando eu chegava tarde da Universidade e tinha um prato quentinho preparado para mim. A tia Eunice que falava tanto deste mundo quanto do outro, onde ela está agora. A tia Eunice, magrinha, de cabelos brancos, sempre de roupas claras, a costurar, ou de pernas cruzadas a ver televisão no jardim de inverno. A tia Eunice, que amava os animais e adoptou um pequenino cão “vira-lata”, que sorria quando a via. A tia Eunice que, da última vez que falámos ao telefone, brincou dizendo para eu levar um português bem bonito para que ela pudesse dançar a valsa no seu próximo aniversário, ou melhor, no seu 100.º aniversário que seria comemorado em Fevereiro do próximo ano. Bom, ela não chegou lá, mas tenho a certeza, por tudo o que ela viveu, sem vícios (medicamentos só da homeopatia), alimentação saudável e por todos a quem ela tocou com o seu amor simples, que hoje, ela foi realmente para um plano superior, muito superior. Tenho a certeza que ela está bem.
Bateu então um aperto no peito e uma grande vontade de escrever sobre a tia Eunice, uma pessoa que viveu para ajudar e, que mesmo sem querer, ela ajudava. Quando morávamos no Grajaú, era ela que durante muitas noites, abria a porta quando eu chegava tarde da Universidade e tinha um prato quentinho preparado para mim. A tia Eunice que falava tanto deste mundo quanto do outro, onde ela está agora. A tia Eunice, magrinha, de cabelos brancos, sempre de roupas claras, a costurar, ou de pernas cruzadas a ver televisão no jardim de inverno. A tia Eunice, que amava os animais e adoptou um pequenino cão “vira-lata”, que sorria quando a via. A tia Eunice que, da última vez que falámos ao telefone, brincou dizendo para eu levar um português bem bonito para que ela pudesse dançar a valsa no seu próximo aniversário, ou melhor, no seu 100.º aniversário que seria comemorado em Fevereiro do próximo ano. Bom, ela não chegou lá, mas tenho a certeza, por tudo o que ela viveu, sem vícios (medicamentos só da homeopatia), alimentação saudável e por todos a quem ela tocou com o seu amor simples, que hoje, ela foi realmente para um plano superior, muito superior. Tenho a certeza que ela está bem.
E é por isso, que essa tristeza que sinto é uma tristeza estranha. Fico triste pela saudade que a sua lembrança me desperta, mas ao mesmo tempo parece que há um certo alívio neste meu sentimento, porque acredito que ela está muito melhor. Descansou desta vida cumprida e comprida que teve e, com a sua espiritualidade e sentido de uma vivência límpida e clara, por tudo o que ela passou na sua juventude, por todo o sacrifício que impôs a si mesma, tenha a certeza que ela está bem e em boa companhia.
Nós perdemos uma pessoa querida e ganhámos mais um anjo da guarda.